JPMorgan: Dólar deve enfraquecer até 2026, mas risco de aumento de juros pelo Fed pode abalar essa visão

De acordo com uma reportagem da Jinse Finance, a equipe de estrategistas de câmbio do JPMorgan, liderada por Meera Chandan e Arindam Sandilya, havia previsto que o dólar se fortaleceria após Donald Trump assumir a presidência este ano. No entanto, com o desempenho do dólar no primeiro semestre sendo o pior em 50 anos, a equipe teve que ajustar rapidamente sua perspectiva. A visão da equipe sobre o dólar tornou-se negativa em março e permanece assim até agora. Atualmente, os estrategistas preveem que o dólar cairá cerca de 3% até meados de 2026, estabilizando-se em seguida. No entanto, os analistas apontam que vários fatores principais tornam a visão pessimista do banco mais complexa. Primeiro, apesar do recente corte de juros pelo Federal Reserve, as taxas de juros nos Estados Unidos ainda estão acima das de muitos outros bancos centrais globais. Eles afirmam que isso faz com que investidores globais prefiram manter seus fundos nos EUA, limitando o apelo de diversificar para ativos fora do país. De forma mais ampla, o JPMorgan está atento ao risco de que uma recuperação no mercado de trabalho dos EUA ou nas expectativas de crescimento possa levar os traders não apenas a descartar a possibilidade de cortes de juros no próximo ano, mas também a aumentar as apostas em possíveis elevações das taxas. “Estamos líquidos vendidos em dólar para 2026, embora tanto a magnitude quanto a abrangência sejam menores do que em 2025”, escreveram Chandan e seus colegas.